domingo, 2 de dezembro de 2007

Rascunhos da memória de um grande amor

Tanto tempo sem te ver, tanta falta você me faz, mas não tem revolta não, saudade até que é bom, é melhor do que caminhar vazio.
Você me ensinou tanta coisa sobre a vida, como vive-la, como aproveita-la.
Vou vivendo e só te encontro nos meus sonhos
E cada dia mais distante os olhos que não posso ver
Você está a milhares de quilômetros de distância

Fomos tão longe que agora não sei como voltar
Você me levou ao paraíso e agora não sei como voltar

Diga que você não me esqueceu
Escreva pelo menos uma palavra

Você me magoou tanto,
Que me fez eu te magoar também
E você agora finge que nem me conhece direito

Mas você foi tão especial
Que depois de você não apareceu mais ninguém

Agora eu fico lembrando e sonhando com tudo que vivemos
O beijo que você me deu, eu guardo até hoje o calor

Apesar da saudade ser tão grande, o meu coração fica feliz em lembrar todos os nossos momentos, as tardes que passamos juntos. Ficávamos nos curtindo, nos amando. Foram momentos tão intensos, e eu ainda não tinha tantas responsabilidades. Ou então foram momentos tão intensos por eu não ter tantas responsabilidades. Sinto saudade das tardes despreocupadas que passamos juntos. Como você me ensinou a ser despreocupado! E eu te agradeço tanto por isso. O primeiro fim de semana em que nos conhecemos, você se dedicou em tempo integral a mim, preparou um programa completo para conhecer todos os recantos de sua cidade, e aproveitamos e nos conhecemos também.

Andamos quase o dia inteiro num calor de rachar, próximo à praia, eu de calça jeans e sapato, com minha mala nas costas. Subimos para o Cristo Redentor, no trenzinho que levava até lá em cima, te abracei e sentia cada toque sutil e suave em qualquer pedaço que fosse do seu corpo. Ao ter aquela vista linda, instintivamente nos abraçamos, era o que estávamos querendo durante o dia inteiro. Foi um beijo diferente, estávamos com a boca tão seca, que não pudemos curti-lo tanto.

Eu acho que escrevia melhor quando tínhamos algo, quase tudo que eu escrevia era dedicado a você, complementos do que tínhamos passado durante o tempo que estivemos juntos, você escrevia textos de páginas e páginas, relembrando o que tínhamos passado, ou então ficávamos fazendo planos para o futuro.

Mas as pessoas são diferentes, e talvez por não aceitarmos algumas coisas um do outro, fomos nos distanciando. Talvez foi isso, talvez você simplesmente deixou de me amar, talvez você deixou de me amar porque estava amando outra pessoa.

Você dizia que se relacionou com alguém que dizia que você não sabia amar. Nunca julguei os sentimentos de ninguém, sempre respeitei-os. E acho que você me mostrou uma outra forma de amar, não tão possessiva. Mas você me magoou, e isso fez eu te magoar, e agora isso faz com que estejamos a milhões de quilômetros de distância.

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