sexta-feira, 4 de maio de 2007

Filmes Alucinantes: "Pi" e "Viagens Alucinantes"



Entre os filmes que eu já assisti sobre a busca pela verdade do universo e da vida a todo custo, "Pi" e "Viagens Alucinantes" se sobressaem, porém o tom dos dois é bem distinto. "Pi" é um filme mais recente, de 1998, enquanto "Viagens Alucinante" é de 1980. Os dois protagonistas fazem uso de drogas na busca pela verdade, e uma das coisas mais legais dos filmes é que ambos mostram as "viagens" causadas pelas drogas. O que o "Viagens Alucinantes" tem de colorido e psicodelia, o "Pi" tem de preto-e-branco e bad-trip.



No "Viagens Alucinantes", o personagem principal começa as suas experiências em um tanque de imersão, lá ele começa a meditar e começa a ter algumas alucinações leves, depois ele faz experiências com algumas drogas, e começa a ter viagens que parecem ser de LSD (pelo que eu já li), que são muito coloridas, bonitas, cheia de flores de todas as cores, mas ao mesmo tempo, nessas viagens, ele começa a ter uma paranóia sobre sexo e religião, principalmente. Depois ele vai fazer algumas experiências com uma tribo indígena, que se eu não me engano, é da América Central ou México, e aí toma um chá junto com eles, aí ele tem uma viagem bem forte, com algo que parece um inferno, um lugar escuro meio avermelhado, e as pessoas sofrendo; sem nem lembrar como foi parar no local em que acorda, dentro de uma caverna. Cada vez mais ele fica obcecado com seu objetivo, tanto que a mulher separa dele, e começa a confundir totalmente realidade com imaginação, tem uma hora que ele pensa que é um macaco, e o filme mostra ele como macaco, e esse é um dos pontos mais interessantes e confusos do filme, você chega até a pensar se realmente ele virou um macaco com as experiências que ele fez. Ele só se importa em ir mais fundo nas suas experiências, sendo que a última delas é extremamente aterradora e espetacular. Nota: 10



No filme "Pi", apesar do personagem também fazer essa busca pela verdade, ele acha que o caminho é a matemática, e para provar que ele chegou nesas verdade, ele quer descobrir o padrão que existe por trás dos números da bolsa de valores. Pelo que eu entendi, uma diferença com o filme anterior, é que ele não toma drogas para ter viagens psicodélicas, e sim para não dormir, para conseguir dar prosseguimento à sua extenuante tarefa, porém, o abuso dessas drogas passa a cobrar seu preço, e ele começa a ter "bad trips" violentíssimas, uma delas, por exemplo, ele está andando no metrô, e ele vê um cérebro perto da escada rolante, jogado no chão, cheio de moscas em volta, ele se aproxima e começa a cutucar e marcar o cérebro com uma caneta, então ele acorda com o que parece ser uma dor de cabeça terrível, e então ele toma mais drogas para se manter são. A obsessão do personagem principal lembra bastante o filme anterior, e em ambos os filmes, a conclusão deles quanto à essa busca desenfreada é bastante parecida. Nota: 10

Nenhum comentário: